quinta-feira, 1 de setembro de 2011

isso não é o que é apesar de ser e parecer não ser ou ser como deveria ser ou é

ouvindo a música como um sussurro surdo
amarrado e doloroso.
cravado de cravos e abalado de balas
imaginado.
perfeitamente delicado, desajeitadamente impulsionado
pelo anélito que sua boca produz quando
o sussurra ao meu ouvido.

(se ela dissesse que assim seria, seria
como todos disseram que seria e seria como sempre seria
na incerteza do ser)

tudo é sempre difamável e os difamados
não indicam nada mas a contratição. são, pois,
indiciados por danos morais. foda-se. a questão é,
se me perguntam por onde afanei por vós,
respondo:
de viés, varando a vida valendo uma valsa.

isso não é um poema de amor
isso não é um poema.
é como uma parábola que circula pelo seu tímpano
majestosa, silenciosa
ímpeto de conduzir pelo conduto, firmar a negação
acalentar/impelir (?) a sensação.
se ela pudesse, conseguisse, tentasse e o etecétera
o cheiro das rosas cálidas perfurar
oquê impede-a, arrumar o arrumado e bagunçado e livresolto e preso
estado de contradição em que vive.

isso não é um poema. encare como uma saída de escape pela entrada da frente de (uma) tangente.

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