sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

quando cheguei tudo estava contornado com um vermelho atinado com a parede, a qual ela se debruçava e chorava casos; vermelhos, ela dizia. permaneço imóvel e, com a mão esquerda por dentro de meu bolso do casaco azul, declino minha cabeça e olho meus sapatos, até que se fechem e

como numa nuvem escura
minhas lágrimas

se desatem

ao lado da parede vermelha


eu choro em prantos, aparentemente tudo o que penso digo faço é questionado criticado conjugado e ela, catatônica, cuja liberdade é apenas o tabique vermelho ao qual ela se debruça e, contorcida, de rosto apoiado no joelho direito, exclama no silêncio do quarto emoções que se associam a minha condição de ser, não me entende. quem sabe precisemos de ar, mas nesse obscurantismo nada nos sobra além da droga e da vela e sua planificação luminosa: a parede vermelha. já chega, encerro por aqui meu showzinho de vaivém águas do meu olho. você sabe que poderíamos ter tido aquela vida, mas
levante
espante
o amianto
levantar
espantar
amiantonoar
levanto
espanto
amianto
levantado
espantado
e amianto
espantar-lo
levantar-lo
é o amianto

um acesso
um assédio
a miscelânia

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

baaaaaaab
sussurra em meu
ouvido
como um
a
corda de seis vo
cais e o cheiro de mar.
não-linear-assim-
como uma bana
na na madura-madeira-verde
pertur
ba-me.
(não sou de
sse se vive-se as
sim!
arco-íris plani
fica no céu e com as cores de
le a abóboba se inquieta.
(okay, vamos preten
der que um d'
íamos per
correr o mun
do em 80 dias))
- e no dia procurar:
sabemos queu s
ou ou não um menino-
rapaz-homem romantic
o.
(porque apesar de
nós-mesmos não-termos nos-visto:
seiqueteamo)