sexta-feira, 23 de julho de 2010

histórias I

estava a pensar, se nascemos humanos psico-político-pensantes, por que não pensamos? pensamos, ainda que não pensemos o ideal, mas pensamos com nossas mentes psico-política-sociais. e por falar em sociabilidade,

ANTI-SOCIAL!,
era o que urrava minha voz da consciência, irritada com meus modos austeros e tímidos de interagir. como pensante, entrei em debate com minha personalidade e por fim,

ENLOUQUECI,
fui parar num manicômio trágico à beira do mar, que à noite recebia luzes fosforescentes da lua, bela lua, que me sussurrava aos ouvidos coisas que nem mesmo o seu Deus saberia interpretar. às vezes me debruçava sobre a janela única do meu quarto pintado de branco e com manchas na parede, e como pensador enlouquecia. repetia esse processo todos os dias, até a minha

MORTE,
que decretou então o fim da minha vida e da minha misantropia exarcebada e por aqui termino minha história. beijos e obrigado.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

el niño

me despierto del sueño
un sueño hermoso
una nostalgia del amor
los prantos en la cuna
el niño se cae
y junto a ti, soy muerto
no me he sentido eso
es algo nuevo, triste
pero no mucho consolador
en esquinas llorando y buscando
su mano izquierda en la oscuridad
atiento a que pasa e me mira
desviando los ojos, la mirada

segunda-feira, 12 de julho de 2010

boa noite

ele era um pequeno rei rosa na cidade sem nome. a pequena cidade sem nome possuia cerca de 86 bilhões de moradores. houve uma rebelião. nessa rebelião, se impôs o pequeno rei rosa de formato ignóbil.

motim interno. não-voluntariedade. é o fim.

86 bilhões desesperados, alguns pisoteados, explodidos, fodidos. o pequeno rei rosa (ironicamente porque na cidade sem nome era robusto) se atroou, chamou por ajuda ninguém ajudou.


'boa noite
hoje de manhã foi encontrado o cadáver (...)'

quinta-feira, 1 de julho de 2010

desfoque

acho que necessito de você mais que tudo nesse momento tão sólido e bestial das nossas vidas perdidas entre o pó branco e a folha de maconha jogada sobre o mezanino preto & branco que compramos quando ainda nos amávamos durante as férias no Brasil dias depois de termos nos conhecido numa praça de Buenos Aires em dia de jogo argentina x espanha.

acho que te amo e não saberia dizer outra coisa que não fosse tentativas decadentes de realçar nosso amor errático e sentimental da outrora comumente apelidada de reflexo das nossas lembranças felizes nos tempos onde aprendíamos sobre nós mesmos num jogo de tabuleiro chamado 'amor'.

lembra-se de quando estávamos a caminhar pelo Pelourinho e você me dizia que nunca me deixaria na mão? da forma mais sutil e ingênua eu acreditava em você e dentro dos meus pensamentos me comunicava diretamente com meu coração que palpitava fortemente quando estava junto a ti e tudo se esvaiu como um desfoque.