domingo, 12 de agosto de 2012

importante lembrar

que eu vou te amar até o sapato pedir pra eu parar

terça-feira, 7 de agosto de 2012

escritos de uma aula de história da arte

Minutos antes de cruzar o portão de entrada, Julio devaneou. Entre segundos sonhados, ela atravessa o mesmo portão. Logo atrás dela, Julio acompanhava seu balanço sensível, sua cartela de delicadeza firmada em gestos simples de inocência. O passado lhe recorria ao passo que o balanço terno, a harmonia indubitável, o deixavam subitamente imerso em seus devaneios anteriores. Um rolo de película velha, destratada, rodava em sua mente sequelada pelo vício doce de sonhar. Imaginou então uma outrora diferente e novamente arrependeu-se de suas atitudes passadas, chagas abertas no nascimento de um amor predestinado à tragédia, à iminência do sofrer em silêncio, do viver sob expectativas erradas e do crer (errôneamente) no tempo como cicatrizador de feridas da emoção.

No elevador, ela notou a presença de Julio. Ao entrarem, ela se vira e seus olhos vão de encontro ao olhar distante do rapaz, a essa altura totalmente tragado ao mundo utópico dos sonhos. Ela está com uma amiga; ele está sozinho. Ela olha para frente, evita Julio; ele não sabe ao certo para onde está olhando. Sua própria presença poderia ser contestada: seus devaneios, variantes de um pretérito aparentemente esquecido, demonstravam um âmbito incomum ao desaparecimento, ao desejo de fugir e reconstruir uma nova realidade tão somente sua e dela.

A porta se abre, ela sai primeiro e Julio segue atrás, incrivelmente impostulado à admiração daquela figura santificada de outros tempos, à imersão aos devaneios e ao anseio de voltar ao passado como forma de correção e a consequente negação ao arrependimento de Julio perante a outrora dolorosa que até agora lhe recorda más lembranças. Seu devaneio é como um jogo de amarelinha: o salto sobre o obstáculo desenhado em solos de ingenuidade, a pedra jogada ao acaso, a mesma vontade de brincar após o erro para enfim ir de encontro ao céu.

Ela entra em sua sala e a vida segue.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

céu sem estrelas

toquei a superfície d'agua gelada
senti o alento poético por segundos rápidos
na terna solidão que se restaura e desestrutura
e que se cruza agora
com a austeridade dos planos de outrem;
seja honesta comigo
um sorriso vale mais que mil estrelas
e sair à noite sob um céu sem estrelas
sem mil sem três marias sem nada
apenas seu sorriso e a breve necessidade do desvio
na cidade de tristezas
da infâmia e despejos da desonra
sobre escalar o amor e ir de encontro a esse mesmo céu
sem estrelas sem vida sem sobras
céu descravado de balas
e enfim revelar-se num cruzamento
o amplo significado de transcender
a célebre imersão a um sorriso
que se exibe como fogos de artíficio
explodindo na abóboda
sem estrelas sem sobras sem nada;
mas eu vi os resíduos de uma relação acabada
queimarem como velas
na santa discrição de cada dia
pulei corda nas proximidades de uma via láctea
presenciei o relento da noite em lágrimas
vivi Daniele Dominici em 1972
cravei na pele morena as levianas sensações da ingenuidade
fugi do que é real
sonhei interminavelmente sob o céu sem estrelas
cruzei o mar morto sob olhos de desconfiança
amei o sentimento sob falsas ilusões
dormi sob o doce carinho do reconhecimento
morri eternamente viciado na sua idiossincrasia
e nasço de novo,
agora que por fim quebrei a superfície d'agua gelada
escalei o amor e fui de encontro àquele céu
sem mil sem três marias sem fogos
sem estrelas
só você e um sorriso. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

sobre musset e outras coisas mais

daqui a algumas horas não sobrará nada além do obsoleto e efêmero riso de conversas quebradas, à toa
e sagrar-se vívido, dentro de cada minuto que vai e cada minuto que vem, retorna a ser não mais uma opção do interior
mas das fases, da estética, da superficialidade de uma relação partida por desigual
do indiscreto ódio subsequente, do idílio morto, entregue às memórias perdidas de um alguém sem história
um alguém cuja única artimanha de viver é o amor singelo e a avidez pelo sentimento de viver dentro de sonhos
viver dentro de um universo desamarrado e contemplativo, estruturado na paz calma de um amor sem preceitos

daqui a algumas horas não sobrará nada, apenas imporemos sobre o cristal sacro da nossa estória
um definitivo derramamento de lágrimas; e será intensa a provável descoberta de um cárcere sempre atado às nossas raízes
porém sempre encoberto pelo amor de outros tempos, passados, absortos ao esquecimento ressentido
amor que por si só é manco, cambaleia até o tombo sem se preocupar com  a ausência de uma segunda perna à qual se sustentar. 
Je t'aimerai jusqu'à la chaussure pour arrêter de poser des.

lembrando Musset, escrever é como sofrer, mas sofrer significa conhecer, e viver na utopia do amor é antes de mais nada reconhecer o sofrimento
é relembrar que quando o fracês disse que a única linguaguem universal é o beijo, o amor se encolhe
e entristece nas coisas simples, nas idas e vindas do sentimento verdadeiro, na idealização repentina do amor incandescente
sensação que brilha e atormenta diante dos olhos daquele que vive à sombra de seus sonhos.
é alheio como um barco em alto mar, perdido na imensidão do oceano reluzente, à mercê das ondas sibilantes da tristeza
da saudade
do desespero
da angústia
do amor, enfim.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

número x: modelo para amar

até quando, não se sabe:


1. esvaecer sugestões utópicas, da contramão
partindo do princípio que não há
sentimento emancipado, não manipulado, dela.

2. comprovar que embebedar-se de amor estimula
a felicidade instantânea
e a ressaca terna.

3. findar a tristeza espontânea e continuar amando
pois o amor move o mundo e continua sendo o que há
de verdade.
até quando, não se sabe.

4. decidir-se quanto o dissociar da razão e o coração;
um completa ao outro ao passo que eles se negam.
e assim se completam.
e assim se negam.
etc.

5. viver sobre a relva
e dar continuidade ao processo contínuo que é
observar a plenitude do insano mundo.

6. disfarçar a solidão,
o desejo de isolamento, a condição que está esse
intrínseco sentimento do amor, quando desaparecido.

7. admitir que a guerra está perdida?
infundada no coração
que nega a razão
e a completa.

8. sentir falta.
até quando, não se sabe.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

sonhos e chuva

Dias chuvosos.
Entendi nesses dias que eu penso mais do que vejo
e a cada vez que aquele fluxo
de pensamentos e devaneios
me invade a mente e me consome
sou tomado por imóvel, inanimado
mas a verdade é que nunca me dei
e nem me darei
tão vivo.

Dias chuvosos.
Sonhar é uma forma de esperança
para os que sonham, os que imaginam
um lugar melhor para nós dois.
A anestesia, quase que sinestesia
nunca teve pósefeito tão derradeiro
da alegria e tristeza infindável por ter e não te ter
saber e não saber o quanto é possível
te amar.

Dias chuvosos.
Deixa pra lá, vem aqui
enquanto há tempo, para sonhar
é preciso crer, o tempo todo
haverá momentos, tão somente nossos
que a imaginação habitam
e me trazem paz e angústia;
paz em te ter pelo mais breve momento
e angústia em ser tão somente
mero pensamento.

O sol se encobre.
A chuva bate na janela
o frio entra pela brecha do edredom.
Enquanto isso mais um dia
ouvindo Camelo e lendo Vila-Matas
enquanto sonho interminavelmente
com nós dois.

domingo, 13 de maio de 2012

saravá!

um rosto setestrelar,
olhar merencório,
sentir o que é amar,
no mar da solidão se afogar
e nas redes da paixão se salvar.

teu riso é o canto célebre de uma flor cujas pétalas são amor
tua presença é parte integral do que sobe ao corpo, o calor
tua ausência é frio que contorce e desassossega, o temor
teu reconhecimento doce inspira, é inestimável valor

e no fim que bem-aventurada é a brincadeira de amar!
saber brincar é saber sofrer
e saber sofrer é saber amar

que sinômimas são a tristeza e a felicidade
e antes disso um sentimento
que bem ilustra teus olhos de firmamento
em gestos plenos da simplicidade

vou acariciar teus cabelos lisos, campo de lírios,
estar sempre a teu lado, ser tão somente seu
enlaçar meus dedos aos teus, suspensos no espaço,
deixar que viva em mim o anseio eterno de te amar.

e a esse amor não resta mais do que um
grande saravá!
veja, você é a melodia perpétua da minha poesia,
e sempre será.

1/2 soneto de amor

já tentei fazer soneto
já tentei abrir mão dele
não consigo nenhum dos dois:

"que eu me ponho a delirar, sonhar
que eu me sujeito a sofrer, amar
mágoas de um caso palpável
porém nunca decifrável

decora as márgens do meu rio de vida
transborde-o de águas de amor
e que toda angústia e todo ardor
não passem de curada ferida"

meio soneto inventado
meio rascunho realizado
meio amor posto em prova.

terça-feira, 8 de maio de 2012

mais do mesmo: bang bang

io sparo a te
tu spari a me
bang bang

(à essência de um amor retórico que não existe).
rabisco rascunhos e rascunhos e bosquejos de expressão: uma forma néscia de - nas tantas mais vezes - executar covardemente aquilo que não sou capaz de fazer frente à frente. descobri que as desventuras não-previamente pensadas são as mais dolorosas e as que cortam ao meio um fio de navalha de amor. quem dera eu te pegasse pelas mãos e te levasse para longe para navegar pelos mares infindáveis do pacífico, quem dera crer que meu sonho não passa de um sonho e quem dera ser para você mais do que uma estátua petrificada estupidamente mórbida e incapaz.

um só acontecimento para que o coração bata mais forte
uma só situação de incrível desporte
um só evento e mais que uma mera falta de sorte
pra rimar com tudo isso pretendia falar da morte
mas aí acho que fica meio pesado.

o presente e o caminhar sem fim pelas estradas da solidão, o sentimento conspícuo da incomunicação e o princípio do amor e da - ausência de - reverberação. algo comum, sento e penso que tudo pode ser diferente; sinto que um simples descuido é o necessário para que minha pirâmide de cartas de copas desabe sobre a mesa da juventude, que prega e segue os passos de qualquer coisa que não o amor. o sentimento do mundo não é o mesmo que o meu, simplesmente. acho que você sabe disso.

agora ela quando como ele nunca
vida olho você icário amor amido
dalida sexta sempre não perdição
ela amor você e eu.
meu pensamento é um fluxo constante de imagens
minha idiossincrasia é pensar unicamente em você e o que te cerca
é te ver e não te ter
sentir e não saber
amar e imaginar (não ser correspondido)
enquanto eu continuar a ser quem eu sou, assim, vou continuar sofrendo e escrevendo essas escrotices para você.


e para você.

sábado, 28 de abril de 2012

apenas mais um pósescrito

não há jeito diferente de começar a escrever, que não com o desejo infindável de manifestar um sentimento aberto
forma, estilo, razão.. acho que existe uma clara diferença entre aquilo que relativizamos quanto ao amor.
o algo que se materializa quando olho para os lados e não te vejo, aqui, é desolador. 
venha pra perto de mim,
vamos encontrar um jeito de pular as barreiras do nosso monótono cotidiano,
e vamos aproveitar as coisas findas!

olhar para os lados e não te ver é como andar de costas na corda bamba do buraco sem fundo da solidão;
é descrer no mundo perfeito que existe quando vejo ou falo - e deixo de falar - com você.
para amores como esse, prefiro crer que a vida é breve demais
e sem dúvidas exasperante demais
afinal, o amor exaspera e entristece e aflige como nenhum outro sentimento que se tem notícia
porque o emocional e o ilógico reinam perenes
e o descaso alheio acaba sempre por trazer à tona aquelas desgraças que a gente já conhece

ao longo dos dias me pus a pensar se tudo valeu à pena,
se o seu estranhamento foi algo que faz jus à sua candura ou se simplesmente foi um consternado adeus intencional
e eu nunca saberei.
por aqui, por enquanto, escrevo e penso incessantemente em você
ainda esperando e esperando

ps, não pretendia escrever nessas breves linhas outra daquelas declarações, apenas dizer - mais uma vez - que você é o que falta

quinta-feira, 19 de abril de 2012

mania

ainda lembro daquela hora
naquele estado
daquele amor
esse amor.

hora vai-vem, volta e continua no revés. a única asserção realmente
firme nesse momento
não é você
não sou eu
não são eles
nem ninguém
mas a minha tendência e o hábito e o costume e a mania e o jeito e a maneira e a praxe e a prática
de demonstrar
que
eu
amo.

queria ao menos,
nos mais singelos momentos,
emprestar meu amor
e descansar


à eterna espera de sua devolução

quarta-feira, 11 de abril de 2012

conto sem nome, de amor

Estranho perceber que somente agora, nessa minha fase final de vida, ocupo o tempo que me resta escrevendo artigos e textos aleatórios e literários para uma coleção pessoal; uma espécie de coletânea particular de memórias, lembranças e pequenos detalhes. O que me leva a isso eu talvez não seja capaz de explicar e nem nunca serei. O que me resta, ao menos agora, é aproveitar minha solidão e o que ainda me sobra de consciência para recordar antigos casos, amigos, amores e, principalmente, paixões - uma em especial me pesa sobre os ombros até os dias de hoje, a qual só a idéia de relatá-la nessas próximas breves linhas já traz consigo um aperto grande no coração.

Ela, na voluptuosidade de sua juventude em flor, loura esbelta, de ternura tão melindrosa quanto delicada, ousadia inaudita e rosto angelical. Eu, um estudante qualquer, sonhador apaixonado, deslocado, pertencente erroneamente àquele nicho estudantil de festas, drogas e casos reparáveis. Não que eu me considere um misantropo – na verdade, amigos não me faltavam -, mas essa condição de frustração amorosa e afetiva que me preencheu ao longo de toda a minha vida apenas decretava que eu era, e ainda sou, um alguém incapaz de expressar amor à pessoa amada; e se hoje tivesse direito a um desejo, pediria para voltar ao passado, para assim reparar a lacuna que abri quando a deixei ir embora, levando junto a si o completo desconhecimento da minha existência.

Você, filha de Icário, graciosa desde o início dos tempos, cuja efígie sensível e perturbadora acompanha as letras de um nome melodioso, que se repetem e se completam com um quê de sonoridade musical e esteta clássico, me desviava como ninguém jamais conseguira. Eram poucas as oportunidades que tinha de te ver, e mais raros ainda os momentos em que nossos olhares se cruzavam e pelo mais breve instante um mundo desabava sobre meus pés, mas foram nessas curtas circunstâncias que pude sentir, de fato, o que é amar.

Hoje li Faulkner, “as velhas feridas rolam vertiginosamente para a frente, mergulhando na escuridão onde se escondem novos desastres” e me lembrei-me dela. Você. Ela. Hoje ando nas ruas à espreita, na falsa esperança de um dia te reencontrar e te descrever minha tragédia antiga, na época já anunciada, premeditada, inevitável. Quantas foram as tentativas – frustradas – de abordar-te só e de poder começar um diálogo, pescando no fundo do coração palavras que te indiciassem de uma vez por todas que eu estava apaixonado.

Mas era impossível. Sua completa inocência e sublimidade me tragavam para um universo no qual qualquer tipo de expressão se torna inconcebível, e o que me remanescia era o desejo eterno de vê-la entre cada instante e momento.
Transformara-me em um andarilho como o gato, me admirando daquilo que não tinha. Buscava em tua figura uma paz interior e um sentimento de catálise espiritual além da minha própria compreensão, ao mesmo tempo em que você me corroia por dentro e confirmava minha imperícia de manifestar-me. Eu te amava, e hoje, sentado aqui, escrevendo entre inúmeros cafés e cigarros, pensando em meus antigos erros e em você, me sinto na obrigação de dizer que ainda a amo.

Até hoje ela escava a pedra da minha indiferença: para certas penas, o único remédio é o amor.

quinta-feira, 29 de março de 2012

disco 2000

é um ciclo comum, de um
suburbano estudante comum;
interrompido subitamente por
algo.
algo
vivo, irreparável
simplesmente algo.
você, ela, alguém, lá
sempre lá

é tudo uma questão de
olhares.
poderia resumir meu mundo em apenas um olhar que não o meu
quando algo é diferenciado, se percebe. diferenças fazem meu mundo
girar.
clichê. femme fatale moderna e amor platônico e romantismo & escolas literárias.
prépósclasse
não é humanamente
possível falar de você
sem cair
no lugar-comum.

certas coisas não se explicam.

você
para, esconde, nunca, eu, lugares, ontem, partir, então.
saindo totalmente ocasionado com carência ocasional.
os inícios
je t'aime
je t'aime

incompreensão, sempre a propulsora para
que
eu procure a perfeição, você e
a associação perfeita que é a repetição de letras que compõe um outro algo tão bonito
que é o seu
nome.
no final, o que resta não é um sentimento
é algo.




PS
eu te amo

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

isso não é o que é apesar de ser e parecer não ser ou ser como deveria ser ou é

ouvindo a música como um sussurro surdo
amarrado e doloroso.
cravado de cravos e abalado de balas
imaginado.
perfeitamente delicado, desajeitadamente impulsionado
pelo anélito que sua boca produz quando
o sussurra ao meu ouvido.

(se ela dissesse que assim seria, seria
como todos disseram que seria e seria como sempre seria
na incerteza do ser)

tudo é sempre difamável e os difamados
não indicam nada mas a contratição. são, pois,
indiciados por danos morais. foda-se. a questão é,
se me perguntam por onde afanei por vós,
respondo:
de viés, varando a vida valendo uma valsa.

isso não é um poema de amor
isso não é um poema.
é como uma parábola que circula pelo seu tímpano
majestosa, silenciosa
ímpeto de conduzir pelo conduto, firmar a negação
acalentar/impelir (?) a sensação.
se ela pudesse, conseguisse, tentasse e o etecétera
o cheiro das rosas cálidas perfurar
oquê impede-a, arrumar o arrumado e bagunçado e livresolto e preso
estado de contradição em que vive.

isso não é um poema. encare como uma saída de escape pela entrada da frente de (uma) tangente.

terça-feira, 15 de março de 2011

parafernália rodopiante
noar
paira e vai pairando sobre nós
e rodopia
do modo pessoal
disquetes arquétipos lápis de cor
fantasia do três mais dois
e vai caindo
mais e mais dentro da noite
rodopiando nas docas
bem, as bombas
elas estão no beco
querida, eu posso saltar sobre elas algum dia?
é como sua casa e travesseiro
estrelas nos olhos da biribinha
tudo é só amor, para ele
para você, um quarto do quarto
para mim simplesmente
não importa.